Um estudo realizado por cientistas norte-americanos em camundongos sugere que uma correção genética pode aliviar os sintomas da Síndrome do X Frágil, que causa dificuldade de aprendizado e é considerada uma das principais causas do autismo.
A Síndrome do X Frágil é causada pela anulação, por motivos hereditários, do gene FMR1 no cromossomo X. O gene é responsável pela produção da proteína que desacelera a síntese protéica em algumas áreas do cérebro.
Acredita-se que esse quadro estimula a atividade de outra proteína, a mGluR5, que atua no descontrole desta síntese protéica, o que resulta num excesso de atividade no cérebro.
Os pesquisadores observaram que, ao reduzir em 50% a quantidade do receptor mGluR5 nos camundongos, os sintomas da doença eram aliviados. Para Mark Bear, que liderou o estudo, "as descobertas têm implicações terapêuticas importantes para o tratamento da síndrome e do autismo". O estudo foi publicado na revista científica Neuron.
Realizada no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, a pesquisa analisou dois grupos de camundongos que foram induzidos a apresentar os sintomas da síndrome.
No primeiro grupo, os cientistas colocaram cobaias com ausência do gene FMR1, e no segundo, os pesquisadores realizaram uma mutação dupla, ao criar camundongos que, além de não terem o FMR1, também tinham 50% menos mGluR5.
Os resultados indicam que o segundo grupo de cobaias demonstrou uma redução significativa nos sintomas da Síndrome do X Frágil e também menos ataques de epilepsia.
Os cientistas também verificaram que a ausência do gene FMR1 produz um crescimento excessivo nas conexões entre as células nervosas chamadas espinhas dendríticas, que atuam no aprendizado, memória e cognição.
No entanto, nos camundongos que tiveram a atividade dos receptores mGluR5 reduzida, a densidade das conexões permaneceu normal.
Para Mark Hirst, conselheiro científico da Sociedade Britânica da Síndrome do X Frágil, apesar da importância da atividade do mGluR5, é preciso estar alerta a outras proteínas relacionadas à síndrome.
"Não podemos deixar de prestar atenção aos problemas de funcionamento de outras proteínas, já que as causas da Síndrome do X Frágil parecem mais complexas e podem envolver outros caminhos", assinalou o médico.
De acordo com a Fundação Brasileira da Síndrome do X Frágil, a doença atinge um em cada quatro mil meninos nascidos vivos e em uma em cada seis mil meninas.
Fonte BBC Brasil
sexta-feira, 4 de abril de 2008
A importância da experimentação com animais de laboratório
No mês de novembro de 2007 houve uma ação da Câmara dos Vereadores da Cidade de Florianópolis – SC que espantou-me, e se esse mal contagiar os outros Municípios brasileiros, as ciências farmacológica e fisiológica no Brasil estão acabadas, e retrocederão à idade da pedra, pois esta Câmara aprovou uma Lei Municipal que proíbe o uso de animais em experimentação. Vejamos o seguinte: todo método em medicina, todo medicamento, qualquer aparelho de diagnóstico ou hospitalar antes de serem reconhecidos e introduzidos nos diversos ramos da medicina, obrigatoriamente devem passar por uma bateria de ensaios que são chamados de ensaios pré-clínicos.
Os ensaios pré-clínicos podem ser realizados in vitro, se utilizado sistemas celulares isolados, o que não representa o sistema biológico tão complexo que forma o animal e o homem, ou in vivo, se utilizado animais de laboratório, e neste caso existem animais que possuem características bioquímicas e metabólicas semelhantes ao do homem, como por exemplo, em ordem de importância o macaco, o cachorro beagle, o porco, e o coelho. Ora, a ciência já nos mostrou e continua nos mostrando que a introdução, principalmente de novos medicamentos sem estudo pré-clínico rigoroso, coloca-se em risco a vida do usuário, pode-se citar o caso da talidomida, que quando foi introduzida na terapêutica não houve uma avaliação pré-clínica pormenorizada, então provocou grandes problemas de teratogenicidade, ou seja, mal formação fetal.
Há diretrizes em nível mundial que estabelece que os novos medicamentos para serem registrados, e posteriormente, introduzidos na terapêutica, devem passar pelos ensaios pré-clínicos que envolvem a avaliação de ocorrência de efeitos tóxico-colaterais e a eficácia medicamentosa, e para determinados tipos de doenças estes medicamentos devem ser testados em modelos de doenças estabelecidos em animais. Após avaliado os riscos e benefícios em nível pré-clínico, é que deve-se seguir para a clínica, e ai então, faz-se os ensaios clínicos que são estabelecidos inicialmente, no homem sadio para se avaliar a ocorrência de possíveis efeitos colaterais, e posteriormente, em pessoas realmente doentes. É importante observar que este é o caminho lógico, e a experimentação em animais de laboratório, é a forma mais segura de introduzir qualquer novidade na terapêutica.
Diversos tipos de animais e espécies variantes desses, foram criados especificamente para serem utilizados na experimentação. Aqui pode-se citar os camundongos balb-c que são extremamente sensíveis a células tumorais, os albinos, que são sensíveis a estímulos dolorosos, os nudes que foram criados para ensaios com produtos de aplicação tópica, os ratos geneticamente hipertensos, criados para ensaios com novas drogas anti-hipertensivas, os diabéticos para pesquisa de novas drogas para diabetes, etc...Então, o leque na pesquisa utilizando animais de laboratório é imenso. É lógico que pelo grande avanço da computação, não há necessidade de usar tais animais para aulas práticas nos diversos cursos universitários, há programas que promovem simulações reais para a condução didática, mas jamais para fins de pesquisa de novos medicamentos e procedimentos terapêuticos. Portanto, vamos ter cautela e sensatez quando avaliarmos e discutirmos a importância dos animais de laboratório para o avanço da medicina em geral.
Os ensaios pré-clínicos podem ser realizados in vitro, se utilizado sistemas celulares isolados, o que não representa o sistema biológico tão complexo que forma o animal e o homem, ou in vivo, se utilizado animais de laboratório, e neste caso existem animais que possuem características bioquímicas e metabólicas semelhantes ao do homem, como por exemplo, em ordem de importância o macaco, o cachorro beagle, o porco, e o coelho. Ora, a ciência já nos mostrou e continua nos mostrando que a introdução, principalmente de novos medicamentos sem estudo pré-clínico rigoroso, coloca-se em risco a vida do usuário, pode-se citar o caso da talidomida, que quando foi introduzida na terapêutica não houve uma avaliação pré-clínica pormenorizada, então provocou grandes problemas de teratogenicidade, ou seja, mal formação fetal.
Há diretrizes em nível mundial que estabelece que os novos medicamentos para serem registrados, e posteriormente, introduzidos na terapêutica, devem passar pelos ensaios pré-clínicos que envolvem a avaliação de ocorrência de efeitos tóxico-colaterais e a eficácia medicamentosa, e para determinados tipos de doenças estes medicamentos devem ser testados em modelos de doenças estabelecidos em animais. Após avaliado os riscos e benefícios em nível pré-clínico, é que deve-se seguir para a clínica, e ai então, faz-se os ensaios clínicos que são estabelecidos inicialmente, no homem sadio para se avaliar a ocorrência de possíveis efeitos colaterais, e posteriormente, em pessoas realmente doentes. É importante observar que este é o caminho lógico, e a experimentação em animais de laboratório, é a forma mais segura de introduzir qualquer novidade na terapêutica.
Diversos tipos de animais e espécies variantes desses, foram criados especificamente para serem utilizados na experimentação. Aqui pode-se citar os camundongos balb-c que são extremamente sensíveis a células tumorais, os albinos, que são sensíveis a estímulos dolorosos, os nudes que foram criados para ensaios com produtos de aplicação tópica, os ratos geneticamente hipertensos, criados para ensaios com novas drogas anti-hipertensivas, os diabéticos para pesquisa de novas drogas para diabetes, etc...Então, o leque na pesquisa utilizando animais de laboratório é imenso. É lógico que pelo grande avanço da computação, não há necessidade de usar tais animais para aulas práticas nos diversos cursos universitários, há programas que promovem simulações reais para a condução didática, mas jamais para fins de pesquisa de novos medicamentos e procedimentos terapêuticos. Portanto, vamos ter cautela e sensatez quando avaliarmos e discutirmos a importância dos animais de laboratório para o avanço da medicina em geral.
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
Flavonóides: Da planta para prevenir e combater doenças do homem
Flavonóide é o nome dado a um grande grupo de principios ativos naturais ou  fitoquímicos ou fitonutrientes, que são polifenóis de baixo peso molecular encontrados em diversas plantas, como por exemplo na uva e açai. É encontrado em várias frutas e vegetais em geral, assim como em alimentos processados como chá e vinho e na própolis.
Os benefícios do consumo de frutas e outros vegetais é geralmente atribuído mais aos compostos flavonoídicos, do que aos outros conhecidos nutrientes, devido ao vasto leque de efeitos biológicos que incluem entre outros: ação antiinflamatória, anti-alérgica e anti-câncer.
Tanto a indústria como pesquisadores e consumidores têm demonstrado grande interesse nos compostos flavonoídicos pelo potencial de seu papel na prevenção do câncer e doenças cardiovasculares devido às suas propriedades antioxidantes.
Mais de cinco mil compostos flavonoídicos que ocorrem na natureza foram descritos e classificados a partir de sua estrutura química. Subdividem-se nos grupos: flavanas, flavanonas, flavonóis, flavonas, isoflavonas, e antocianinas.
As isoflavonas são os flavonóides mais importantes encontrados em alguns vegetais, presentes principalmente na soja e em seus derivados, denominadas de fitoestrógenos por apresentarem semelhança estrutural com os hormônios estrogênicos, encontrados em maior concentração nas mulheres. As isoflavonas podem ocorrer em diversas formas moleculares: Malonil derivados e beta-glicosídeos, que ocorrem naturalmente nos grãos da soja e na farinha de soja, e os acetil derivados e as agliconas, que são formados durante o processamento industrial da soja ou no metabolismo da soja no organismo. O isolado protéico de soja possui maiores teores das formas agliconas. Para as mulheres que apresentam alta sensibilidade aos hormônios sintéticos durante a reposição hormonal, está indicado o uso de isoflavonas isoladas, ou na forma bruta, tal como encontrada nos produtos da soja. Estudos demonstram que as isoflavonas substituem os hormônios sintéticos estrogênicos quanto ao efeito, e ainda são desprovidas de efeitos colaterais, representando uma grande opção terapêutica no período da menopausa.
Hoje na terapêutica já é possível encontrar várias apresentações farmacêuticas a base de flavonóides com indicações curativas e preventivas, por exemplo, para melhorar a circulação sanguínea, impedir a formação de arterosclerose, proteger o fígado, etc.. e este fato demonstra que a cada dia que passa, os recursos naturais servem de base para a descoberta de novos medicamentos, e as pesquisas voltadas para esta área são promissoras na busca da resolução dos problemas de saúde que afligem o homem.
Os benefícios do consumo de frutas e outros vegetais é geralmente atribuído mais aos compostos flavonoídicos, do que aos outros conhecidos nutrientes, devido ao vasto leque de efeitos biológicos que incluem entre outros: ação antiinflamatória, anti-alérgica e anti-câncer.
Tanto a indústria como pesquisadores e consumidores têm demonstrado grande interesse nos compostos flavonoídicos pelo potencial de seu papel na prevenção do câncer e doenças cardiovasculares devido às suas propriedades antioxidantes.
Mais de cinco mil compostos flavonoídicos que ocorrem na natureza foram descritos e classificados a partir de sua estrutura química. Subdividem-se nos grupos: flavanas, flavanonas, flavonóis, flavonas, isoflavonas, e antocianinas.
As isoflavonas são os flavonóides mais importantes encontrados em alguns vegetais, presentes principalmente na soja e em seus derivados, denominadas de fitoestrógenos por apresentarem semelhança estrutural com os hormônios estrogênicos, encontrados em maior concentração nas mulheres. As isoflavonas podem ocorrer em diversas formas moleculares: Malonil derivados e beta-glicosídeos, que ocorrem naturalmente nos grãos da soja e na farinha de soja, e os acetil derivados e as agliconas, que são formados durante o processamento industrial da soja ou no metabolismo da soja no organismo. O isolado protéico de soja possui maiores teores das formas agliconas. Para as mulheres que apresentam alta sensibilidade aos hormônios sintéticos durante a reposição hormonal, está indicado o uso de isoflavonas isoladas, ou na forma bruta, tal como encontrada nos produtos da soja. Estudos demonstram que as isoflavonas substituem os hormônios sintéticos estrogênicos quanto ao efeito, e ainda são desprovidas de efeitos colaterais, representando uma grande opção terapêutica no período da menopausa.
Hoje na terapêutica já é possível encontrar várias apresentações farmacêuticas a base de flavonóides com indicações curativas e preventivas, por exemplo, para melhorar a circulação sanguínea, impedir a formação de arterosclerose, proteger o fígado, etc.. e este fato demonstra que a cada dia que passa, os recursos naturais servem de base para a descoberta de novos medicamentos, e as pesquisas voltadas para esta área são promissoras na busca da resolução dos problemas de saúde que afligem o homem.
A Biodiversidade do Estado do Amapá
Biodiversidade ou diversidade biológica (grego bios, vida) é a diversidade da natureza viva. Desde 1986, o termo e conceito têm adquirido largo uso entre biólogos, ambientalistas, líderes políticos e cidadãos conscientizados no mundo todo. Este uso coincidiu com o aumento da preocupação com a extinção, observado nas últimas décadas do Século XX.
Refere-se à variedade de vida no planeta Terra, incluindo a variedade genética dentro das populações e espécies, a variedade de espécies da flora, da fauna, de fungos macroscópicos e de microrganismos, a variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas; e a variedade de comunidades, habitat e ecossistemas formados pelos organismos.
A Biodiversidade refere-se tanto ao número (riqueza) de diferentes categorias biológicas quanto à abundância relativa (equitatividade) dessas categorias. E inclui variabilidade ao nível local (alfa diversidade), complementariedade biológica entre habitat (beta diversidade) e variabilidade entre paisagens (gama diversidade). Abrange, assim, a totalidade dos recursos vivos, ou biológicos, e dos recursos genéticos, e seus componentes.
A espécie humana depende da Biodiversidade para a sua sobrevivência, e o Estado do Amapá, é considerado o estado de maior importância para a biodiversidade brasileira. Sendo assim, diversos estudos em termos de levantamento da biodiversidade amapaense já foram realizados, culminando na existência hoje do corredor da biodiversidade.
Baseado no fato da rica biodiversidade existente no estado, em 1997 foi criada a Lei Estadual nº 0388 de 10.12.97, que dispõe sobre os instrumentos de controle do acesso à biodiversidade do Estado do Amapá e dá outras providências. Esta Lei tem por objetivo “a conservação da diversidade biológica, a utilização sustentável de seus componentes e a repartição justa e eqüitativa dos benefícios derivados da utilização dos recursos genéticos”.
É necessário ressaltar que a Lei Estadual nº. 0388 de 10.12.1997 sofreu influência da Convenção da Diversidade Biológica – CDB, e foi inspirada no projeto de Lei sobre regulamentação ao Acesso ao Patrimônio Genético e Conhecimentos Tradicionais Associados da Senadora Marina Silva, na Lei nº. 1235/97, a primeira lei no cenário nacional, sobre o acesso à biodiversidade e nos casos investigados, ocorrido em 1997, envolvendo a ONG denominada Selva Viva e diversas comunidades indígenas do Alto Juruá, que ensejou à época, a edição pelo Poder Legislativo Estadual.
A Lei Estadual nº 0388/97 cria ordenamento jurídico para a proteção da diversidade biológica e genética e disciplina o acesso aos direitos intelectuais coletivos das comunidades tradicionais e indígenas do Amapá, como também estabelece mecanismos de controle e fiscalização do patrimônio natural do Amapá, proteção, conservação e a devida utilização sustentável, visando distribuição eqüitativa de benefícios com intuito de promover justiça social. Foi criada com a intenção de defender os recursos naturais do Amapá e os conhecimentos das sociedades tradicionais contra a biopirataria.
É bom saber que a Lei Estadual nº 0388/97 possui Princípios Legais que proíbem a alienação de direitos sobre a diversidade biológica e sobre todos os recursos genéticos existentes no Estado; protege a participação das comunidades locais e dos povos indígenas no acesso e nos benefícios sociais e econômicos decorrentes do uso dos recursos da biodiversidade; e prever a proteção e incentivo à diversidade cultural, valorizando os conhecimentos, inovações e práticas das comunidades locais.
Pode-se dizer que no Estado do Amapá há regras claras e concisas sobre a exploração e o uso da biodiversidade, portanto, é mais do que necessário observar todas as diretrizes que norteiam tais práticas, para que determinadas ações sejam realizadas de forma racional preservando principalmente, o direito das populações tradicionais que são elementos que constituem a sociobiodiversidade.
Refere-se à variedade de vida no planeta Terra, incluindo a variedade genética dentro das populações e espécies, a variedade de espécies da flora, da fauna, de fungos macroscópicos e de microrganismos, a variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas; e a variedade de comunidades, habitat e ecossistemas formados pelos organismos.
A Biodiversidade refere-se tanto ao número (riqueza) de diferentes categorias biológicas quanto à abundância relativa (equitatividade) dessas categorias. E inclui variabilidade ao nível local (alfa diversidade), complementariedade biológica entre habitat (beta diversidade) e variabilidade entre paisagens (gama diversidade). Abrange, assim, a totalidade dos recursos vivos, ou biológicos, e dos recursos genéticos, e seus componentes.
A espécie humana depende da Biodiversidade para a sua sobrevivência, e o Estado do Amapá, é considerado o estado de maior importância para a biodiversidade brasileira. Sendo assim, diversos estudos em termos de levantamento da biodiversidade amapaense já foram realizados, culminando na existência hoje do corredor da biodiversidade.
Baseado no fato da rica biodiversidade existente no estado, em 1997 foi criada a Lei Estadual nº 0388 de 10.12.97, que dispõe sobre os instrumentos de controle do acesso à biodiversidade do Estado do Amapá e dá outras providências. Esta Lei tem por objetivo “a conservação da diversidade biológica, a utilização sustentável de seus componentes e a repartição justa e eqüitativa dos benefícios derivados da utilização dos recursos genéticos”.
É necessário ressaltar que a Lei Estadual nº. 0388 de 10.12.1997 sofreu influência da Convenção da Diversidade Biológica – CDB, e foi inspirada no projeto de Lei sobre regulamentação ao Acesso ao Patrimônio Genético e Conhecimentos Tradicionais Associados da Senadora Marina Silva, na Lei nº. 1235/97, a primeira lei no cenário nacional, sobre o acesso à biodiversidade e nos casos investigados, ocorrido em 1997, envolvendo a ONG denominada Selva Viva e diversas comunidades indígenas do Alto Juruá, que ensejou à época, a edição pelo Poder Legislativo Estadual.
A Lei Estadual nº 0388/97 cria ordenamento jurídico para a proteção da diversidade biológica e genética e disciplina o acesso aos direitos intelectuais coletivos das comunidades tradicionais e indígenas do Amapá, como também estabelece mecanismos de controle e fiscalização do patrimônio natural do Amapá, proteção, conservação e a devida utilização sustentável, visando distribuição eqüitativa de benefícios com intuito de promover justiça social. Foi criada com a intenção de defender os recursos naturais do Amapá e os conhecimentos das sociedades tradicionais contra a biopirataria.
É bom saber que a Lei Estadual nº 0388/97 possui Princípios Legais que proíbem a alienação de direitos sobre a diversidade biológica e sobre todos os recursos genéticos existentes no Estado; protege a participação das comunidades locais e dos povos indígenas no acesso e nos benefícios sociais e econômicos decorrentes do uso dos recursos da biodiversidade; e prever a proteção e incentivo à diversidade cultural, valorizando os conhecimentos, inovações e práticas das comunidades locais.
Pode-se dizer que no Estado do Amapá há regras claras e concisas sobre a exploração e o uso da biodiversidade, portanto, é mais do que necessário observar todas as diretrizes que norteiam tais práticas, para que determinadas ações sejam realizadas de forma racional preservando principalmente, o direito das populações tradicionais que são elementos que constituem a sociobiodiversidade.
sábado, 1 de dezembro de 2007
A UNIFAP no final de 2007
Chegado o final de 2007, faz-se necessário a realização de um balanço sobre a única Instituição Federal de Ensino Superior do Estado do Amapá - UNIFAP. Desde 2006 a luta está sendo árdua para a concretização de projetos firmados pela atual administração ainda em campanha para a reitoria. É visível as mudanças já ocorridas no âmbito desta instituição. Foram mais de 50 eventos científicos realizados no período compreendido de julho de 2006 a novembro de 2007. Todos os encaminhamentos que envolvem mudanças, como por exemplo, o vestibular, a implantação do curso de medicina, o projeto de reestruturação e expansão, foram realizados com ampla discussão inclusive com a comunidade externa a universidade.
Perante o órgão mantenedor - MEC, a UNIFAP está em desenvolvimento copioso. As dificuldades são inúmeras, já que concorremos no mesmo patamar das outras IFES, em que a produção cientifica, e o número de discentes dos diversos níveis são marcantes como indicadores avaliativos, mas o comprometimento de docentes, que vislumbram uma universidade autêntica, que seus paradigmas se firmem no tripé ensino, pesquisa e extensão, assim podemos pensar em uma instituição voltada ao seu papel formador das mais diversas camadas sociais do estado.
Hoje no cotidiano da jovem UNIFAP, já encontramos exames de qualificação nos níveis de mestrado e doutorado, brevemente teremos defesas de dissertação e tese. Este fato nos mostra que apesar de jovem, mas a maturidade cientifica está sendo buscada na figura de alguns pesquisadores, que se dedicam aprovando recursos significativos para a estruturação da pesquisa e pós-graduação. Das universidades menores da região norte, hoje a UNIFAP é a instituição que mais aprova projetos de pesquisa nas agências de fomento, tais como CNPq, CAPES e FINEP, este fato mostra a mudança do quadro da UNIFAP em termos de pessoal qualificado.
A visão sobre a expansão da UNIFAP está baseada na necessidade da implantação do ensino superior nos diversos cantos do Estado do Amapá. A população amapaense é predominantemente jovem, que precisa ingressar no ensino superior. Quando se fala em ensino laico, paira a responsabilidade em resolver a questão do acesso ao ensino público. Nos planos futuros da UNIFAP há a implantação de cursos nos Municípios do Oiapoque, Laranjal do Jari e Amapá. Para que isso aconteça precisamos também do comprometimento dos representantes da sociedade amapaense em nível do parlamento.
É patente que só há investimento, se houver resultados. Resultados que sustentem a idéia de responsabilidade. A UNIFAP hoje constrói em todos os setores da sociedade, o compromisso responsável, nem que para isso precise enfrentar as mentes obscuras fisiológicas que imperam em determinados setores. Não há bem maior do que lutar por uma universidade forte e construtiva de ideais soberanos independentes de facções ultrapassadas mormentes em pensamentos fascistas.
Vejo que estamos no caminho certo, e sem dúvida no futuro analisaremos esta fase como positiva e marcante na vida dessa instituição.
Perante o órgão mantenedor - MEC, a UNIFAP está em desenvolvimento copioso. As dificuldades são inúmeras, já que concorremos no mesmo patamar das outras IFES, em que a produção cientifica, e o número de discentes dos diversos níveis são marcantes como indicadores avaliativos, mas o comprometimento de docentes, que vislumbram uma universidade autêntica, que seus paradigmas se firmem no tripé ensino, pesquisa e extensão, assim podemos pensar em uma instituição voltada ao seu papel formador das mais diversas camadas sociais do estado.
Hoje no cotidiano da jovem UNIFAP, já encontramos exames de qualificação nos níveis de mestrado e doutorado, brevemente teremos defesas de dissertação e tese. Este fato nos mostra que apesar de jovem, mas a maturidade cientifica está sendo buscada na figura de alguns pesquisadores, que se dedicam aprovando recursos significativos para a estruturação da pesquisa e pós-graduação. Das universidades menores da região norte, hoje a UNIFAP é a instituição que mais aprova projetos de pesquisa nas agências de fomento, tais como CNPq, CAPES e FINEP, este fato mostra a mudança do quadro da UNIFAP em termos de pessoal qualificado.
A visão sobre a expansão da UNIFAP está baseada na necessidade da implantação do ensino superior nos diversos cantos do Estado do Amapá. A população amapaense é predominantemente jovem, que precisa ingressar no ensino superior. Quando se fala em ensino laico, paira a responsabilidade em resolver a questão do acesso ao ensino público. Nos planos futuros da UNIFAP há a implantação de cursos nos Municípios do Oiapoque, Laranjal do Jari e Amapá. Para que isso aconteça precisamos também do comprometimento dos representantes da sociedade amapaense em nível do parlamento.
É patente que só há investimento, se houver resultados. Resultados que sustentem a idéia de responsabilidade. A UNIFAP hoje constrói em todos os setores da sociedade, o compromisso responsável, nem que para isso precise enfrentar as mentes obscuras fisiológicas que imperam em determinados setores. Não há bem maior do que lutar por uma universidade forte e construtiva de ideais soberanos independentes de facções ultrapassadas mormentes em pensamentos fascistas.
Vejo que estamos no caminho certo, e sem dúvida no futuro analisaremos esta fase como positiva e marcante na vida dessa instituição.
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Fitoterapia como medicina complementar
A palavra fitoterapia é originária do grego, que significa - Tratamento (therapeia) e vegetal (Phyton), ou ainda "A terapêutica aplicada às doenças através das plantas". A fitoterapia, apesar de ser erroneamente considerada por muitos como uma terapia alternativa, no Brasil ainda não é uma especialidade médica, e faz parte do arsenal terapêutico habitualmente utilizado, basta observar o grande registro de prescrição de medicamentos a base de extratos de plantas, tais como o Ginkgo biloba (TeoboninÒ), Piper metysticum (LaitanÒ), Passiflora alata (PassalixÒ), Valeriana officinalis (ValmaneÒ), etc...
Fitoterapia compreende também, o estudo das plantas medicinais e suas aplicações na cura das doenças. Surgiu independentemente na maioria dos povos. Na China, surgiu por volta de 3000 a.C. quando o imperador Cho-Chin-Kei descreveu as propriedades do Ginseng e da Cânfora.
Há grande quantidade de plantas medicinais, em todas as partes do mundo, utilizadas há milhares de anos para o tratamento de doenças, através de mecanismos na maioria das vezes desconhecidos. O estudo desses mecanismos e o isolamento do princípio ativo, denominado também de fitofármaco (a substância ou conjunto delas que é responsável pelos efeitos terapêuticos), da planta é uma das principais prioridades da farmacologia e da fitoquímica.
Enquanto o princípio ativo não é conhecido, as plantas medicinais são utilizadas de forma não padronizada, principalmente através de chás, preparações alcoólicas, ou de forma industrializada, com extrato homogêneo da planta.
Ao contrário da crença popular, o uso de plantas medicinais não é isento de risco. Além do princípio ativo terapêutico, a mesma planta pode conter outras substâncias tóxicas, a grande quantidade de substâncias diferentes pode induzir a reação alérgica, pode haver contaminação por agrotóxicos ou por metais pesados e promover interação com outras medicações, levando a danos à saúde e até predisposição a câncer, como acontece com plantas ricas em antraquinonas, que em altas doses provoca pseudomelanoma.
Além disso, todo princípio ativo terapêutico é benéfico dentro de um intervalo de segurança, baseado na sua concentração - abaixo dessa quantidade, é inócuo e acima disso passa a ser tóxico. A variação de concentração do princípio ativo em chás pode ser muito grande, tornando praticamente impossível atingir a faixa terapêutica com segurança em algumas plantas em que essa faixa é mais estreita. Na forma industrializada, o risco de contaminações pode ser reduzida através do controle de qualidade da matéria prima, mas mesmo assim a variação na concentração do princípio ativo em cápsulas pode variar até 100%.
À medida em que os princípios ativos, são descobertos, os mesmos são isolados, refinados de modo a eliminar agentes tóxicos e contaminações e as doses terapêutica e tóxica são bem estabelecidas, de modo a determinar de forma precisa a faixa terapêutica e as interações desse fármaco com os demais.
No entanto, o isolamento e purificação de princípios ativos também não é isento de riscos. Primeiro porque pretende substituir o conhecimento popular tradicional e livre, testado há milênios, por resultados provindos de algumas pesquisas analítico-científicas que muitas vezes são antagônicas. Segundo, porque a simples idéia de extrair princípios ativos despreza os muitos outros elementos existentes na planta que, em estado natural, mantêm suas exatas proporções. Assim sendo, o uso de fitoterápicos de laboratório poderia introduzir novos efeitos colaterais ou adversos inesperados, devidos à ausência de sinergia (sinergismo) ou antagonismo parcial entre mais de um princípio ativo que apenas seriam encontrados na planta. Portanto, o assunto fitoterapia é interessante de ser discutido, mas deve ser defendida a sua introdução no Sistema Único de Saúde, como terapêutica complementar, nos estados e municípios que ainda não foi.
Fitoterapia compreende também, o estudo das plantas medicinais e suas aplicações na cura das doenças. Surgiu independentemente na maioria dos povos. Na China, surgiu por volta de 3000 a.C. quando o imperador Cho-Chin-Kei descreveu as propriedades do Ginseng e da Cânfora.
Há grande quantidade de plantas medicinais, em todas as partes do mundo, utilizadas há milhares de anos para o tratamento de doenças, através de mecanismos na maioria das vezes desconhecidos. O estudo desses mecanismos e o isolamento do princípio ativo, denominado também de fitofármaco (a substância ou conjunto delas que é responsável pelos efeitos terapêuticos), da planta é uma das principais prioridades da farmacologia e da fitoquímica.
Enquanto o princípio ativo não é conhecido, as plantas medicinais são utilizadas de forma não padronizada, principalmente através de chás, preparações alcoólicas, ou de forma industrializada, com extrato homogêneo da planta.
Ao contrário da crença popular, o uso de plantas medicinais não é isento de risco. Além do princípio ativo terapêutico, a mesma planta pode conter outras substâncias tóxicas, a grande quantidade de substâncias diferentes pode induzir a reação alérgica, pode haver contaminação por agrotóxicos ou por metais pesados e promover interação com outras medicações, levando a danos à saúde e até predisposição a câncer, como acontece com plantas ricas em antraquinonas, que em altas doses provoca pseudomelanoma.
Além disso, todo princípio ativo terapêutico é benéfico dentro de um intervalo de segurança, baseado na sua concentração - abaixo dessa quantidade, é inócuo e acima disso passa a ser tóxico. A variação de concentração do princípio ativo em chás pode ser muito grande, tornando praticamente impossível atingir a faixa terapêutica com segurança em algumas plantas em que essa faixa é mais estreita. Na forma industrializada, o risco de contaminações pode ser reduzida através do controle de qualidade da matéria prima, mas mesmo assim a variação na concentração do princípio ativo em cápsulas pode variar até 100%.
À medida em que os princípios ativos, são descobertos, os mesmos são isolados, refinados de modo a eliminar agentes tóxicos e contaminações e as doses terapêutica e tóxica são bem estabelecidas, de modo a determinar de forma precisa a faixa terapêutica e as interações desse fármaco com os demais.
No entanto, o isolamento e purificação de princípios ativos também não é isento de riscos. Primeiro porque pretende substituir o conhecimento popular tradicional e livre, testado há milênios, por resultados provindos de algumas pesquisas analítico-científicas que muitas vezes são antagônicas. Segundo, porque a simples idéia de extrair princípios ativos despreza os muitos outros elementos existentes na planta que, em estado natural, mantêm suas exatas proporções. Assim sendo, o uso de fitoterápicos de laboratório poderia introduzir novos efeitos colaterais ou adversos inesperados, devidos à ausência de sinergia (sinergismo) ou antagonismo parcial entre mais de um princípio ativo que apenas seriam encontrados na planta. Portanto, o assunto fitoterapia é interessante de ser discutido, mas deve ser defendida a sua introdução no Sistema Único de Saúde, como terapêutica complementar, nos estados e municípios que ainda não foi.
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
O açaí como alimento funcional
O binômio dieta-saúde representa um novo paradigma no estudo dos alimentos. Neste contexto, surge a compreensão de que a alimentação adequada exerce um papel além do que fornecer energia e nutrientes essenciais, enfatizando também a importância dos constituintes não-nutrientes, que em associação, são identificados pela promoção de efeitos fisiológicos benéficos, podendo prevenir ou retardar doenças tais como as cardiovasculares, câncer, infecções intestinais, obesidade, dentre outras. Deste modo, os alimentos que contém estas propriedades são denominados alimentos funcionais, nutracêuticos (quando colocados numa forma farmacêutica), alimentos planejados e outros sinônimos correlatos. Entretanto, o termo que melhor se adequa à categoria de alimentos fisiologicamente ativos é alimentos funcionais, considerando que "cêutico" recorda medicamentos e "planejados" sugere artificial ou sintético.
O conceito de alimentos funcionais é amplo, e defende a suposição de que a dieta pode controlar e modular as variadas funções orgânicas, contribuindo para a manutenção da saúde e reduzindo o risco de acometimentos por morbidades. Atualmente, o efeito funcional de um alimento abrange não somente aqueles que, além do enfoque nutricional, exercem ações promotoras para o bom funcionamento do organismo, mas qualquer alimento ou ingredientes alimentares benéficos para o funcionamento orgânico.
A literatura referencia alguns critérios estabelecidos para determinação de um alimento funcional, tais como: exercer ação metabólica ou fisiológica que contribua
para a saúde física e para a diminuição de morbidades crônicas; integrar a alimentação usual; os efeitos positivos devem ser obtidos em quantidades não tóxicas, perdurando mesmo após suspensão de sua ingestão; e, por fim, os alimentos funcionais não são destinados ao tratamento ou cura das doenças.
O açaí, cujo nome científico é Euterpe oleracea, vem despertando muito interesse nos pesquisadores da área de alimentos funcionais de todo mundo, pois os frutos desta espécie vegetal é rico em compostos naturais que possuem atividade antioxidante, tais como antocianidinas e ácidos graxos omega-6. Estudo recente de um grupo de farmacologistas da Universidade Federal do Ceará, intitulado “Endothelium-dependent vasodilator effect of Euterpe oleracea Mart. (Açaí) extracts in mesenteric vascular bed of the rat”, publicado no periódico cientifico “Vascular Pharmacology” (v. 46, p. 97-104, 2007), demonstrou que o suco de açaí provoca vasodilatação dependente do endotélio, o que tanto se quer com os novos medicamentos vasodilatadores, mas questiona-se: Porque encontram-se tantos ribeirinhos com hipertensão arterial? Este fato pode ser explicado pelo alto consumo de alimentos associados ao açaí como peixe, camarão e caças salgados. O alto consumo de cloreto de sódio pode desencadear distúrbios arteriais levando a um estado hipertensivo.
Pelos efeitos benéficos do açaí, um grupo especializado no comércio de alimentos naturais, o SunOpta, irá distribuir a polpa de açaí orgânico para empresas alimentícias norte-americanas. Esta iniciativa acompanha a crescente popularidade do açaí, usado em bebidas e alimentos com a imagem de produtos saudáveis.
Espera-se uma receita bruta de 1 a 1,5 milhão de dólares no primeiro ano de venda, segundo opinião de Jeremy Kendall, presidente do grupo canadense.
O açaí é obtido do estado do Amazonas, e tem sua polpa rapidamente congelada para manter suas propriedades nutricionais. A fruta dessa região, contém uma concentração muito alta de antocianinas, proteínas, fibras e ácidos graxos omega-6 e omega-9.
A empresa alega manter benefícios para as famílias locais da região amazônica bem como ajudar na manutenção da biodiversidade da floresta amazônica.
O conceito de alimentos funcionais é amplo, e defende a suposição de que a dieta pode controlar e modular as variadas funções orgânicas, contribuindo para a manutenção da saúde e reduzindo o risco de acometimentos por morbidades. Atualmente, o efeito funcional de um alimento abrange não somente aqueles que, além do enfoque nutricional, exercem ações promotoras para o bom funcionamento do organismo, mas qualquer alimento ou ingredientes alimentares benéficos para o funcionamento orgânico.
A literatura referencia alguns critérios estabelecidos para determinação de um alimento funcional, tais como: exercer ação metabólica ou fisiológica que contribua
para a saúde física e para a diminuição de morbidades crônicas; integrar a alimentação usual; os efeitos positivos devem ser obtidos em quantidades não tóxicas, perdurando mesmo após suspensão de sua ingestão; e, por fim, os alimentos funcionais não são destinados ao tratamento ou cura das doenças.
O açaí, cujo nome científico é Euterpe oleracea, vem despertando muito interesse nos pesquisadores da área de alimentos funcionais de todo mundo, pois os frutos desta espécie vegetal é rico em compostos naturais que possuem atividade antioxidante, tais como antocianidinas e ácidos graxos omega-6. Estudo recente de um grupo de farmacologistas da Universidade Federal do Ceará, intitulado “Endothelium-dependent vasodilator effect of Euterpe oleracea Mart. (Açaí) extracts in mesenteric vascular bed of the rat”, publicado no periódico cientifico “Vascular Pharmacology” (v. 46, p. 97-104, 2007), demonstrou que o suco de açaí provoca vasodilatação dependente do endotélio, o que tanto se quer com os novos medicamentos vasodilatadores, mas questiona-se: Porque encontram-se tantos ribeirinhos com hipertensão arterial? Este fato pode ser explicado pelo alto consumo de alimentos associados ao açaí como peixe, camarão e caças salgados. O alto consumo de cloreto de sódio pode desencadear distúrbios arteriais levando a um estado hipertensivo.
Pelos efeitos benéficos do açaí, um grupo especializado no comércio de alimentos naturais, o SunOpta, irá distribuir a polpa de açaí orgânico para empresas alimentícias norte-americanas. Esta iniciativa acompanha a crescente popularidade do açaí, usado em bebidas e alimentos com a imagem de produtos saudáveis.
Espera-se uma receita bruta de 1 a 1,5 milhão de dólares no primeiro ano de venda, segundo opinião de Jeremy Kendall, presidente do grupo canadense.
O açaí é obtido do estado do Amazonas, e tem sua polpa rapidamente congelada para manter suas propriedades nutricionais. A fruta dessa região, contém uma concentração muito alta de antocianinas, proteínas, fibras e ácidos graxos omega-6 e omega-9.
A empresa alega manter benefícios para as famílias locais da região amazônica bem como ajudar na manutenção da biodiversidade da floresta amazônica.
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